A busca por um estilo de vida mais saudável envolve, muitas vezes, a entrada na rotina fitness. Mas será que musculação, dieta e até o estresse dos treinos podem influenciar na queda de cabelo? Neste artigo, vamos explorar os principais pontos da relação entre calvície e vida fitness e esclarecer de forma clara o que realmente impacta a saúde capilar de quem vive o universo fitness.

“Anyone can be confident with a full head of hair. But a confident bald man — there’s your diamond in the rough.”
“Qualquer um pode ser confiante com uma cabeleira cheia. Mas um careca confiante — aí está um diamante bruto.”
– Larry David
Estresse emocional e queda de cabelo
Você provavelmente já ouviu alguém dizer: “meu cabelo está caindo de tanto estresse”. Essa fala tem base científica. O estresse emocional está, sim, diretamente ligado à queda de cabelo. Em momentos de tensão prolongada, o corpo libera hormônios como o cortisol, que podem prejudicar os ciclos de crescimento capilar, levando à queda excessiva dos fios.
Diferente do estresse emocional, o estresse físico causado pelos treinos não tem relação negativa com a calvície. Pelo contrário! Exercícios físicos ajudam na liberação de neurotransmissores como serotonina e dopamina, que atuam no relaxamento e bem-estar, reduzindo o estresse geral — um dos grandes vilões da queda de cabelo.
A prática regular de atividades físicas ajuda a equilibrar os hormônios, melhora a qualidade do sono e reduz o estresse. Todos esses fatores favorecem a saúde capilar. Portanto, tanto homens quanto mulheres se beneficiam da rotina fitness quando o assunto é prevenir a queda de cabelo.
Mas e a testosterona? O aumento com o treino causa calvície?
Esse é um mito comum: treinar aumenta a testosterona, que por sua vez, se converte em DHT (dihidrotestosterona), causando calvície. A verdade é que os níveis de testosterona aumentam apenas dentro de parâmetros saudáveis — chamados de níveis fisiológicos. Essa elevação não é suficiente para estimular a calvície em pessoas que não tenham predisposição genética.
Exercício físico e circulação sanguínea: como isso ajuda o couro cabeludo?
Durante o exercício, o corpo melhora a circulação sanguínea. Isso significa que mais nutrientes e oxigênio chegam até os folículos capilares. É o mesmo princípio de medicamentos como o Minoxidil, que atuam como vasodilatadores. Ou seja, movimentar o corpo também é uma forma natural de “alimentar” o couro cabeludo. Mas além do treino uma boa dieta reflete em todo o organismo — inclusive no cabelo. Frutas, vegetais, proteínas, boas gorduras e ingestão adequada de água oferecem os nutrientes necessários para que o corpo produza fios fortes e saudáveis. Muitos praticantes de atividade física relatam melhorias não só nos cabelos, mas também na pele e unhas, como resultado de uma alimentação equilibrada, por isso é sempre bom ter um dieta balanceada em conjunto com o treino.
Esteroides anabolizantes: esses sim são vilões
O uso de esteroides anabolizantes — especialmente em doses supra fisiológicas — é uma das principais causas de calvície precoce. Isso porque aumentam drasticamente os níveis de DHT, hormônio diretamente associado à queda capilar. Mesmo a testosterona, quando usada de forma artificial e em excesso, pode ter esse efeito colateral.
Outros pontos além do anabolizante que pode piorar os foliculos do seu couro cabeludo são?
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Overtraining: treinos excessivos, sem o devido descanso, geram inflamações crônicas no corpo, o que pode afetar negativamente o couro cabeludo.
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Sol em excesso: exposição intensa ao sol sem proteção pode danificar os fios e o couro cabeludo, especialmente para quem treina ao ar livre.
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Higiene: transpirar muito sem lavar o cabelo adequadamente pode aumentar a oleosidade e obstruir os folículos. Tomar banho logo após o treino é essencial para manter a saúde do couro cabeludo.
Conclusão
A vida fitness, quando bem conduzida, é uma forte aliada da saúde capilar. Praticar exercícios regularmente, manter uma alimentação balanceada, cuidar da hidratação e evitar o uso de esteroides são atitudes que beneficiam não só o corpo como um todo, mas também a saúde dos seus cabelos. E lembre-se: se a queda de cabelo for excessiva ou persistente, o ideal é procurar orientação médica especializada.